segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Feliz aniversario alex gill -o eterno Polegar


Em 1989, a garotada cantava “Dá pra mim... O seu amor...” e nem se tocava do duplo sentido da música do grupo Polegar. O mais curioso é que nem os próprios integrantes, na época com 14, 15 e 16 anos, colocavam malícia na letra. “A gente não tinha essa maldade. Só fui entender depois de um tempo que a letra tinha duplo sentido (risos)”, diz Alex Gill, o vocalista e baixista da banda, que tinha ainda o guitarrista Rafael Ilha, o tecladista Alan Frank e o baterista Ricardo Maia.
O Polegar surgiu após o estouro de boy bands como Menudo e Dominó, mas com um diferencial: os integrantes não apenas cantavam e dançavam, mas também tocavam instrumentos. “Passamos dois anos nos preparando, tendo aula de música. Éramos como os Hanson. Tínhamos influencia de Roupa Nova, RPM, Beatles”, diz Alex.

Assim como os porto-riquenhos e os colegas brasileiros do Dominó, o Polegar também virou mania nacional. Graças a “Dá Pra Mim”, o grupo ganhou o disco de platina. Com “Ela não liga”, em 1990, os garotos repetiram o feito. Em 1991, levaram o disco de ouro com “Quero mais”. “Somando os três primeiros discos da banda, são quase dois milhões de cópias vendidas”, conta Alex, em entrevista ao EGO.

Tanto sucesso não subiu à cabeça de Alex, que já se apresentava nos palcos e programas de TV desde os cinco anos. “Fui preparado para isso desde criança. Fazia parte do grupo de cantores-mirins da época. Cantei ao lado de Simony, Jairzinho, Deborah Blando. No começo, a repercussão do Polegar deu uma assustada. Mas nunca tive estrelismo, não mudei minha personalidade por causa da fama”.

Alex Gill se orgulha de ter participado, junto com o grupo, do último filme com os quatro Trapalhões. “Uma Escola Atrapalhada” (1990), que tem Angélica, Selton Mello (em estreia no cinema) e Supla no elenco, é uma espécie de “Clube dos cinco” nacional e foi feito pouco antes do falecimento de Zacarias. O tema do filme, “Sou como sou”, é do Polegar.

Assim como as outras boy bands da época, o Polegar também passou por situações curiosas por conta do assédio das fãs. Em uma viagem a Minas Gerais, Alex conta que deu de cara com uma menina escondida no banheiro do seu quarto de hotel.

“Levei um susto. Ela me abraçou chorando. Dei autógrafo, tirei foto com ela”, diz o músico. Mas as surpresas daquela noite ainda não tinham chegado ao fim. “Quando abri a porta do armário, lá estavam duas meninas quietinhas, quase sem ar. Fiquei impressionado com o que uma fã pode fazer para ficar perto de seu ídolo. Por isso nunca neguei autógrafo. É obrigação do artista responder com carinho”.

Mas, para evitar problemas como uma possível gravidez indesejada, Alex lembra que tinha sempre alguém tomando conta deles. “Sempre fomos cercados de muitos cuidados, porque éramos muito jovens, menores de idade. A gente não podia ficar bagunçando. As pessoas tomavam conta para a gente não aprontava

Atualmente, Alex Gil tem 35 anos e está noivo da advogada Daniela, com quem namora há quatro anos. Dos ex-Polegares, é o mais ligado à música. Tem um estúdio há mais de 10 anos e já produziu artistas como Dominó e Pepê e Neném. Contente com o revival dos anos 80, ele viaja o país com colegas da geração, como ex-paquitas, Afonso Nigro, Silvinho Blau Blau e Silvio Brito. “As pessoas vibram muito. E sempre pedem para tocar ‘Dá pra mim’”.
Felicidades Alex gill

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